tag:blogger.com,1999:blog-14594759905518206802024-03-18T21:27:43.649-07:00Na trilha do tremescrita do hoje e do lembrarTeleshttp://www.blogger.com/profile/10275926861592908964noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-1459475990551820680.post-69514924085261658412012-07-24T06:30:00.004-07:002012-07-24T06:32:06.540-07:00Mitologias luzilandenses - III<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Na cidade de Luzilândia (250 km ao Norte de Teresina, 24.721 <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>habitantes) <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>há uma capelinha dedicada a Luzia, uma trabalhadora rural, assassinada pelo marido ciumento, que, com requintes de crueldade, teria cortado o corpo da esposa em pedaços. É milagreira, tem fama de santa, segundo consta. Muita gente do lugar recorre à alma da finada Luzia Cortada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzjd29ebE24Ri-LicD80kCjxSj2pHuc2yHxOCoNuLjyvj9_1lCEeZ-1dYdUlhOpnSkn_x7TxEWXTZSS7E9vDyAXwW7bsps-r-ECu3EOtIOj13RNP4cut-u6E3wbVnX6Q_RJQI3xKCWfJ7M/s1600/CapelaLuzia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" sda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzjd29ebE24Ri-LicD80kCjxSj2pHuc2yHxOCoNuLjyvj9_1lCEeZ-1dYdUlhOpnSkn_x7TxEWXTZSS7E9vDyAXwW7bsps-r-ECu3EOtIOj13RNP4cut-u6E3wbVnX6Q_RJQI3xKCWfJ7M/s320/CapelaLuzia.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">foto:<em> Hildengard Meneses Chaves</em></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>Teleshttp://www.blogger.com/profile/10275926861592908964noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1459475990551820680.post-52077723020062835982012-07-16T07:12:00.002-07:002012-07-16T07:13:11.990-07:00Mitologias luzilandenses - II<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">A “cidade da Luzia” (Santa Luzia é a padroeira da Igreja da cidade de Luzilândia) não era pequena nem grande, como dizem, apenas na medida exata de seus moradores.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Segundo o bem humorado escritor luzilandense Benito Mussolini do Amaral, "Luzilândia fica ao sul de Miami, ao norte de Buenos Aires, a leste de Tóquio e a oeste de Paris" o que, convenhamos, não ajuda muita coisa. O Benito Amaral <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é autor de alguns deliciosos livros de humor, como “Miolo de Pote” e do livro de contos "Está ficando divertido”, best-seller que editado em 1981 vendeu nada menos do que 7.000 exemplares em apenas 2 anos. Desconheço eventual reedição. A primeira guardo com carinho e releio sempre. </span></div>Teleshttp://www.blogger.com/profile/10275926861592908964noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1459475990551820680.post-22188648619201845132012-07-10T17:49:00.006-07:002012-07-10T17:50:42.168-07:00Mitologias luzilandenses - I<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;">
<span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">O segredo da verdade é o seguinte: <br /><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não existem fatos</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">só</b> existem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">histórias</b> <br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(João Ubaldo Ribeiro em <em>Viva o Povo Brasileiro</em>)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;">Houve um tempo em que hidraviões amerissavam em Luzilândia, nas águas do Rio Parnaíba. Não cheguei a ver nenhum desses aviões, pois é anterior a mim o tempo em que máquinas vindas do céu misturavam-se às canoas dos pescadores que percorriam o “velho monge de barbas brancas” (Da Costa e Silva) que, diga-se, é mais belo que todos os outros rios que passam por outras aldeias, inclusive o próprio Parnaíba, visto por outros olhos e lugares. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Fico a matutar com meus botões como seria aquela alegria dos luzilandenses, acostumados à pacatez do lugar e a um tempo sem atrativos nem comunicações como telefone, TV e Internet, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>acorrendo das ruas Grande, do Fio, dos Tocos, do Padeiro, descendo o morro em direção ao Rio só para ver tal espetáculo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O hidravião ficou desde então agregado às mitologias luzilandenses que embalaram os serões de minha infância. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Agora, sem mitologia alguma, o Rio Parnaíba é o rio que passa pela minha aldeia de Luzilândia e é o mais belo de memorar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: x-small;"></span></div>Teleshttp://www.blogger.com/profile/10275926861592908964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1459475990551820680.post-26925830911747997182012-06-27T06:43:00.006-07:002012-06-27T06:43:49.143-07:00Agora vou de trem<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Este <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">NA TRILHA DO TREM</b> é bem vindo. Acato como desafio, presente de grego, incentivo familiar, partido de Luzia Maninha, Dalila e filhas. Nunca pensei ter um ou ser “blogueiro”. Como dizem,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o homem quando chega aos setenta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>entra na era do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tenta</b> , vamos tentar. Gozo, ainda, de perfeita saúde e nada como um bom clínico geral para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a prova dos nove</b> com adjutório de geriatra, cardiologista, psiquiatra, ortopedista e outras coisitas. No momento a ioga tem resolvido pequenos desarranjos, pois tudo anda bem e ainda não substituíram o cumprimento <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">como vai</b> pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">onde dói</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No Blog teremos verdades e mentiras, diríamos, uma mistura de verdades verdadeiras e ficção.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esta não passa de uma verdade maquiada. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Chegar aos setenta, ou aos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">setentinha</b>, no século XXI não é mais vantagem para quem vem do século passado, quando tudo começou, na pequena Luzilândia e no mundo, morrer aos cincoenta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>era morrer bem velhinho e demente. Agora a ciência nos segura, com facilidade, até cerca de 100 anos. Havia as exceções, minha avó Carolina faleceu depois dos 100. A mãe do Caetano Veloso, outro setentão, dona Canô, já passou esta barreira. O arquiteto Oscar Niemeyer já está passado dos 104 anos. Que vivam muito mais. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Portanto amigos, parafraseando Zagalo, vocês vão ter que me aguentar.</span></div>Teleshttp://www.blogger.com/profile/10275926861592908964noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1459475990551820680.post-88575709788180297412012-06-22T20:04:00.000-07:002012-06-22T11:16:42.474-07:00Na Trilha do Trem... com destino virtual<span style="font-family: inherit;">Depoimento de Valdecirio Teles Veras, por ocasião do
lançamento do seu livro</span><span style="font-family: inherit;"> <i>Na Trilha
do Trem</i> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">"<i>O homem escritor: nordestino, advogado de trabalhadores e
andreense por opção. Claro que em toda a prosa está por trás o homem, portanto
há um pouco de autobiografia. Muitas vezes uma frase, uma única frase ouvida na
infância, pode se tornar um conto. Na ficção em si estes fatos autobiográficos
ficam diluídos e não se sabe onde se esconde a realidade e começa a ficção. Já
no Diário exige mais sinceridade, mas se ficar só na realidade o texto pode
parecer careta e narcisista. Ficar na base do eugenismo. Para isso além de me
desnudar, busquei a memória ( memória do que aconteceu e do que não aconteceu,
como diria Cláudio Willer), “viajei” até minha cidade de origem e trouxe um pouco
de minha alma que ficou lá, de parentes, da terra, da sua cultura. É verdade
que sempre volto a minha cidade natal para dialogar com a alma que deixei lá. O
que está no meu Diário é um relato sincero. Escrevi aquilo que me tocou, que se passou na Região, fora
dela, no ano de 1999 e antes dele quando eu mexia com a memória. É um relato
sincero, repito, como deve ser toda narrativa não ficcional."</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Agora,
vamos aguardar os posts neste diário virtual.</div>Teleshttp://www.blogger.com/profile/10275926861592908964noreply@blogger.com4